A convite da MAKOBO, trabalhei com mulheres e homens no campo de refugiados durante um mês, utilizando os nossos recursos locais para criar produtos e fontes de rendimento para as suas famílias. A Dathonga e a KHETHU financiaram as minhas despesas e os materiais chave como pigmentos e couro.
Graças ao meu incrível marido: antes de eu sair de casa, ele disse: “Precisamos de falar, só tu e eu”. Sentámo-nos e ele disse: “Querida, sabes para onde vais? Tenho a certeza de que sabes, mas sei como és sensível, e como vais chorar o dia todo.
Isso não funciona se quiseres ajudar as pessoas de lá. As histórias que vêm de lá são horríveis e não há nada que possas fazer a não ser ouvir as que são importantes. Se tentares ajudar todos, vais enlouquecer. Por favor, vai e faz o teu trabalho, ajuda quem puderes, e volta para nós em segurança”.
Essa conversa foi a melhor que podia ter tido antes de partir. Tornou-me mais forte e deu-me o poder de ajudar, mesmo quando chorava enquanto trabalhava.
Apesar de termos sofrido tanto, todos nós fizemos o nosso melhor para seguir o programa que nos reuniu para ajudar as pessoas que perderam tudo, incluindo a família e as crianças nesta guerra.
A convite da MAKOBO, trabalhei com mulheres e homens no campo de refugiados durante um mês, utilizando os nossos recursos locais para criar produtos e fontes de rendimento para as suas famílias. A Dathonga e a KHETHU financiaram as minhas despesas e os materiais chave como pigmentos e couro.
Graças ao meu incrível marido: antes de eu sair de casa, ele disse: “Precisamos de falar, só tu e eu”. Sentámo-nos e ele disse: “Querida, sabes para onde vais? Tenho a certeza de que sabes, mas sei como és sensível, e como vais chorar o dia todo. Isso não funciona se quiseres ajudar as pessoas de lá. As histórias que vêm de lá são horríveis e não há nada que possas fazer a não ser ouvir as que são importantes. Se tentares ajudar todos, vais enlouquecer. Por favor, vai e faz o teu trabalho, ajuda quem puderes, e volta para nós em segurança”. Essa conversa foi a melhor que podia ter tido antes de partir. Tornou-me mais forte e deu-me o poder de ajudar, mesmo quando chorava enquanto trabalhava.
O Campo 25 de Junho no Distrito de Metuge, onde trabalhamos, tem 25 000 pessoas, 50% das quais são crianças. As condições são extremas e os recursos são mínimos.
As crianças não vão à escola porque as escolas próximas já estão demasiado cheias. Foram privadas de uma infância normal, porque perderam os seus pais e familiares. A situação é trágica. Enquanto lá estive, a MAKOBO e a KHETHU organizaram duas coisas fabulosas para estas crianças: uma liga de futebol e um workshop de arte e artesanato. A liga foi um sucesso: 6 equipas de adolescentes e 4 equipas de crianças foram criadas. Até agora, os clubes europeus Benfica e Barcelona doaram o equipamento para 2 equipas.
Estas iniciativas fazem uma grande diferença para os adolescentes, que se encontram no grupo de maior risco nesta guerra. Eles têm agora algo em que se envolver, em vez de passarem o dia todo sentados sem nada para fazer.
No workshop de arte e artesanato: tivemos 100 crianças a participar durante 5 dias. Com idades entre os 4 e os 14 anos, as crianças fizeram desenhos das suas tristes memórias da guerra. Estes desenhos chocaram-nos: facas, helicópteros, soldados, bazucas, sangue, tristeza verdadeira. Mas as crianças eram surpreendentes e resilientes, e faziam belos trabalhos e arte. A MAKOBO e a KHETHU estão a trabalhar para continuar este programa – por favor contacte-os se quiser ajudar.
THE RESULT
WIWANANA COLLECTION
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Photos by: Julie Bertrand – @juliebertrandphotography
TOGETHER WE ARE MORE!
#UBUNTU
M.A.R.C.I.T.A